Lendo seu prefácio (Primeiras Palavras), chegamos a conclusão de como Paulo Freire valoriza a ética e o respeito a cima de tudo, como função e obrigação de qualquer profissional especialmente os educadores, mas ele afirma o cuidado perante a a falsa ética (mentirosa) e após contar um exemplo da mesma cita:
" Não falo, obviamente, desta ética. Falo, pelo contrário, da ética universal do ser humano. Da ética que condena o cinismo do discurso citado acima, que condena a exploração da força de trabalho do ser humano, que condena acusar por ouvir dizer, afirmar que alguém falou A sabendo que foi dito B, falsear a verdade, iludir o incauto, golpear o fraco e indefeso, soterrar o sonho e a utopia, prometer sabendo que não cumprirá a promessa, testemunhar mentirosamente, falar mal dos outros pelo gosto de falar mal. " (FREIRE, P 1996)
Como ele mesmo diz: "A ética como ferramenta para convívio humano"
1.8 – Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática
Paulo Freire traz neste capítulo a idéia da auto-crítica perante aos seus atos e formas de pensar, voltando-se aos profissionais docentes, mas especialmente aos aprendizes de professores.
Ele é contra o dogmatismo, afirma ser um pensamento ingênuo. A favor do ceticismo, ele afirma que a reflexão sobre a sua prática deve sempre existir, devemos ser ao mesmo tempo que sujeito de nossas ações, objetos e devemos possuir atos epistemológicos perante nossas ações.
Afirma que ao percebermos o(s) erro(s) devemos praticar a mudança e usa exemplos para mostrar que essa mudança pode ser um processo, mas o reconhecimento da falha já é um grande passo e usa da parte emocional como a raiva para sairmos da zona de conforto e finalmente mudarmos.