sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Complexidade

Os fenomenos aos quais venho sendo exposto nesse curso tem trabalhado cada vez mais minha percepção das coisas, desde que voltei a pensar" é diferente e é facil agora usar o que estou aprendendo com o meu dia-a-dia, pode parecer estranho, mas assim como ouvi a poucos dias na Universidade a palavra para o entendimento: Complexidade.

E na Educação Física temos de entender temas complexos como o MOVIMENTO, que durante muito tempo foi ensinado e aprendido de forma fragmentada, sendo que fenomenos complexos como este, não ocorrem separadamente e segundo o livro no qual estudo pra entender melhor esses temas da complexidade: Teia da Vida - Fritjof Capra (p.38) " O comportamento de um organismo vivo como um todo integrado não pode ser entendido somente a partir do estudo de suas partes" e aida "... o todo é mais do que a soma de suas partes" no nosso caso, a Educação Física tem como objeto um organismo vivo complexo: o ser humano, e para entendermos um de seus comportamentos: o MOVIMENTO, não podemos analisar os sistemas que o compõe de maneira particionada e quando menciono sistemas não me refiro a apenas processos que ocorrem no ser humano própriamente dito, mas no sistema da vida ao qual fazemos parte.
O que quero dizer com tudo isso é que os fenomenos da vida não ocorrem de forma isolada, mas durante muito tempo tentamos entende-los isolando-os.

"O padrão da vida, poderíamos dizer, é um padrão de rede capaz de auto-organização" (pag 78)

A auto-organização é chamada "ordem a partir do ruído" (Heinz von Foerster, década de 50). E um exemplo muito simples de um fenômeno parte da auto-organização é a cadeia alimentar, na qual basicamente um animal come o outro mantendo assim o equilíbrio das espécies, quando à persa exessiva de alguma espécie ou de seu mio ambiental ocorre a extinção da mesma ou de outras espécies. Ou seja através do caos se obtem a ordem e é exatamente da mesma forma que nosso corpo funciona para que se execute o movimento.
Para que o movimento ocorra é necessário energia e como não produzimos nosa própria energia necessitamos de alimento para ela ser utilizada, esse alimento são outros animais ou vegetais, os outros animais retiram energia das plantas, e as plantas retiram energia da luz do sol. Assim um pedaço da teia foi descoberto: se não existisse sol, logo a planta não teria energia, ela morreria, ou não existiriam animais e muito menos movimento.

Então o processo se inicia com SOL ele transmite energia luminosa para a terra, uma parcela dessa energia é capturada pelas plantas e é transformada em energia química, ao nos alimentarmos de plantas ou animais que contenham energia química ocorrem alguns processos até que ocorra o movimento:

A energia útil a nós e a substância intracelular que possui essa função é o trifosfato de adenosina (ATP), são três fosfatos de adenosina, no qual dois deles estão presos com ligações de alta energia. Uso dessa energia ocorre com a quebra da molécula (ATP) transformando-a em ADP+P, ou seja, difosfato de adenosina mais fosfato. A energia utilizada para ocorrer a síntese de ATP é derivada da glicose dos ácidos graxos e dos aminoácidos dos alimentos, existem 3 formas conhecidas para que ocorra essa síntese de ATP:

Imediato: Ocorre com a quebra da fosfocreatina um composto muito parecido com o ATP só que diferente do trifosfato de adenosina possui como base a creatina e não a adenosina e apenas 1 fosfato e não 3, mas também uma ligação de alta energia entre o fosfato e a creatina. A quebra da fosfocreatina libera essa energia para a transformação do ADP+P em ATP. Esse processo fica em evidencia em atividades físicas de Força e Potência. Esse processo ocorre apenas no líquido intracelular.

Glicolítico: Processo que usa do carboidrato (glicose) e através da via glicolítica é quebrado produzindo 2 moléculas de piruvato (usados no processo oxidativo) e liberando energia para síntese de duas moléculas de ATP. Esse processo fica em evidência em Atividades Físicas de Velocidade. Esse processo ocorre no líquido intracelular e apenas as moléculas de piruvato liberadas na via glicolítica se encaminham para o processo Oxidativo. O processo glicolítico libera hidrogênio no citoplasma da célula o que em grandes quantidades é ruim, pois atrapalha as funções do Sarcômero causando fadiga muscular.

Oxidativo: Processo que ocorre dentro das mitocôndrias: As moléculas de piruvato liberadas na via glicolítica (ou moléculas de ácido graxo) irão reagir com uma molécula denominada coenzima A originando-se em Acetil-CoA, gás carbônico e hidrogênios:
1. O gás carbônico é liberado.
2. Os hidrogênios são capturados pelo NAD (molécula transportadora).
3. As moléculas de Acetil-CoA reagirão com a molécula de ácido oxalacético resultando em ácido cítrico e coenzima A.

Em seguida cada ácido cítrico passará por um processo chamado: ciclo de Krebs no qual produz mais hidrogênio.
Os hidrogênios produzidos nesse ciclo ficarão armazenados em moléculas aceptoras do mesmo, que são: NAD e FAD. Na segunda etapa enzimas presas nas cristas mitocondriais recebem esses hidrogênios encaminhando-os ao oxigênio e como resultado final produz H2O (água) e energia. Os transportadores são oxidados se desfazendo de hidrogênio e passando por um processo chamado fosforilação oxidativa gerando H2O e mais energia armazenada na forma de ATP. . Esse processo fica em evidencia em atividades físicas de Resistência.

*Obs.: o Hidrogênio é ruim quando produzido no líquido intracelular, mas dentro das mitocôndrias é um composto importante na produção de energia.

Todos estes processos ocorrem juntos dentro do nosso organismo, mas alguns com mais evidência que outros, dependendo da atividade física. É um processo de auto-organização. Esse ATP é produzido para qeu os Sarcômeros possam se movimentar, através da Hidrolise e síntese do mesmo a energia é liberada para a movimentação dos Sarcômeros.

Todos esses processos de produção de ATP estão ocorrendo, pois o Encéfalo...

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